sábado, 6 de abril de 2024

Padre Siqueira - Homem de Fé, firme como rocha

 



Homem de fé, firme como a rocha

 

         O Reino anunciado por Cristo é um Reino exigente.

“Ou Deu ou as riquezas”. “Não se pode servir a dois senhores; ou se dedicará a um em prejuízo do outro” ou vice-versa (cf. Lc 16,13)

         “Quem não é por mim, é contra mim.” (Mt 12.30).

         Cristo é categórico nas suas afirmativas. Não deixa engano!

         Em outra ocasião diz: “não é o que diz Senhor, Senhor... mas o que realiza a minha vontade, este é o que se salvará” (Mt 7,21).

         E, ainda, “todo aquele que ouve as minhas palavras e as observa será semelhante ao homem sábio, que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, e transbordaram os rios, e sopraram os ventos, e investiram contra aquela casa e ela não caiu porque estava fundada sobre a rocha” (Mt 7, 24-25).

         O Padre Siqueira, compreendendo estas coisas, jamais deixou-se levar por doutrinas alheias àquelas ditadas por Cristo.

         Mas, juntando todos estes elementos, senta-se como o “homem sábio” do Evangelho e na meditação vai considerando tais coisas e aplicando-se à sua vida, calculando e medindo suas possibilidades, decide-se a enfrentar qualquer dificuldade, a fim de realizar o que sente ser plano de Deus e seu respeito.

         A palavra do apóstolo São Tiago em sua carta calara profundamente em sua alma: “Se alguém disser que tem fé, mas não tem obras, que lhe aproveitará isso? Se um irmãos ou irmã não tiverem o que vestir e lhes faltar o necessário para a subsistência de cada dia e alguém dentre vós lhes disser: ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos, e não lhes der o necessário para a sua manutenção, que proveito haverá isso?

         Assim também a fé, se não tiver obras, será morta em seu isolamento” (Tg 2, 14-17).

         Assim é que ao presenciar alguns fatos resultantes da guerra do Paraguai ele escreve: “Meu Deus! Quantos infortúnios eu presenciei! Quantos insultos àquelas pobres viúvas!... Não! Disse eu, não é possível conter os impulsos do meu coração! Não há para mim maior sacrifício!”

         E decide-se a fundar uma Casa de Educação, a Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo, destinada a meninas pobres e órfãs onde pudessem encontrar, além do lar que a miséria lhes roubou, também toda uma educação para o trabalho e para a vida.

         É então que, em junho de 1867, deixando com um outro Padre a Paróquia de São José da Paraíba, Estado de São Paulo, onde trabalhou durante um ano, parte para Minas em companhia de uma família amiga. Permanece aí três meses nas águas medicinais, nas proximidades de Baependi, cuidando um pouco da saúde abalada.   (....)

         Sua fé já se mostrava uma das características mais acentuadas de sua personalidade.

         De Baependi, segue ele para o Rio de Janeiro, onde passa dois meses, “sem dar passo algum”, conforme ele mesmo escreve, “porque as dificuldades que surgiam eram tantas que parecia impossível agir em semelhante época”.

         Continua ele: “quis tomar um emprego com o fim de esperar mais algum tempo, porém consultei algumas pessoas e o meu próprio coração e tirei como resultado dar começo à obra sem atender mais a dificuldade alguma”.

         É daí que vai ao imperador D. Pedro II de quem recebe uma recusa.

         Ora, este consentimento do Imperador era essencial para a criação da sua Escola, sem o que nada podia ser feito.

         Padre Siqueira não sabe o que fazer, Recusar? Ir adiante?

         Mas, tomando como escudo a palavra de Cristo, “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5), para e recolhe-se no seu interior.

         A sua firmeza vem do Senhor!

         Reza, sofre, reflete!

         E decide a continuar.

         Lê-se em seu diário: “entretanto, escrevia meu programa, consultava, examinava, etc. Passados quase três meses apresentei-o a Sua Majestade (em 15-07-1868), deixando-o em suas mãos por espaço de dois meses, findos os quais, deferia Sua Majestade, respondendo-me que a ideia era boa e humanitária, porém dificílima, mas que eu desse começo”.

         E desta maneira o homem de Deus, o Profeta do Senhor, vai prosseguindo na sua firme ideia, construindo-se a si mesmo, alicerçando cada dia sua fé em Cristo, seu rochedo e sua segurança.

         Assemelhando-se a João Batista, o Padre Siqueira não é “caniço agitado pelo vento” (Mt 11,7).

         Mas em Cristo é aquele homem corajoso, destemido, seguro do que pretende, não se desviando da rota que leva ao porto desejado.

         Não vacila um momento sequer. Cedo aprendeu a assumir a vida como um dom de Deus, vendo tudo como um presente amoroso deste Deus que é bom Pai, chegando ao ponto de poder afirmar, meses antes da morte, no seu Testamento: “se algumas privações e contrariedades sofri, as recebi sempre como benefícios do céu.”

 

Fonte:

Padre Siqueira - Vocação e Compromisso de Profeta

Irmã Jacinta Medeiros Gurgel-cfa

 








quinta-feira, 4 de abril de 2024






Padre Siqueira, sacerdote que vivia a gratidão

    A gratidão envolve um sentimento de reciprocidade em direção de outra pessoa; frequentemente acompanhado por um desejo de agradecê-la por um favor que lhe fez. Num contexto religioso, gratidão também pode referir-se a um sentimento de expressão de gratidão a Deus, que é um tema central do cristianismo. Padre Siqueira era muito grato a todos, em tudo que ele fazia deixava claro isto, através de seus escritos percebemos o quanto seu coração exalava o perfume da gratidão. Peçamos sua intercessão para que nós também sejamos gratos. 

domingo, 4 de fevereiro de 2024

 




Sua vida: Um Testemunho

 

    Testemunhar é afirmar uma verdade diante dos outros.

    O Profeta tem uma vida de afirmação das verdades evangélicas,

   O Padre Siqueira qual um outro São Francisco, mostra, sem hesitação, em diversos acontecimentos de sua vida, que, de fato, se decidiu pelo Reino.

    É um profeta sem restrições!

   Ele é uma afirmação da pessoa de Cristo, do seu Evangelho, sem deixar dúvidas.

    Sua vida se constitui numa lição evangélica, num testemunho.

É o servo de Deus pronto e dócil ao chamado de seu Deus: “fala, Senhor, que Teu servo escuta” (1Sm 3,10).

Já nas suas convicções, quando lutando para criar sua instituição, deixa escapar uma frase que se torna notável e que bem caracteriza sua consciência de Profeta: “minha convicção de que era chegado o tempo, e de que a obra era de Deus, era tão forte, que a minha divisa única foi e é: ou a morte, ou o triunfo de um empreendimento que considero divino” (Apelo ao País).

E é assim que ele age e reage perante as adversidades.

Não conhece meias medidas.

Com o objetivo de conseguir dinheiro para realizar seu plano de construir e fundar a Casa de Educação idealizada, o Padre Siqueira fez muitas viagens. E muitas coisas lhe aconteceram, dando-lhe ocasião de testemunhar sua grande fé e humildade.

Lê-se na história de sua vida que, certa vez, chegando ao anoitecer em uma fazenda, exausto da caminhada a cavalo, por longas estradas e fatigado do sol ardente de todo um dia, o intrépido Padre Siqueira pede uma pousada para aquela noite.

As trevas já cobriam a terra, não lhe permitindo continuar sua jornada pela estrada fechada de floresta. Fora atendido por um escravo que, levando o seu pedido ao conhecimento do senhor da casa, volta e lhe diz em termos grosseiros e pesados a recusa do fazendeiro, transmitindo-lhe a sugestão de pernoitar junto aos animais da ceva. Perto havia uma pocilga. E, por oferecer lugar mais protegido, é aí que o Padre Siqueira passa aquela noite, tendo por cama a terra nua e por teto o céu estrelado.

Tranquilo, sereno, sente o coração a transbordar de alegria por haver sofrido tal injúria pelo seu Senhor e pelas pobres crianças órfãs.

Pela manhã, surpreende-se o fazendeiro, vendo o Sacerdote junto à cerca dos animais, rezando tranquilamente seu breviário. Chamando-o tenta desculpar-se. Ele porém, sem o mínimo sinal de ressentimento, procura persuadir a todos de que a noite passada ao relento era a sua partilha, restando-lhe agora receber a esmola para as suas órfãs.

De fato, o ideal o impulsionara por dentro.

Sua ideia quase fixa nas tristes cenas que presenciara de miséria e de luto neutralizara sua sensibilidade.

O seu eu não era o mais importante, porém, a missão a que se sentia chamado.

O que estava em questão eram a suas órfãs: “ou a morte ou o triunfo desta obra que considero divina”.

E continua sua vida de testemunho, como se as humilhações não se machucassem, procurando sempre fazer o que lhe parece ser a vontade de Deus.

Cansaço?!

Indisposição física?!

Pouco importa.

Enfrentando sol e chuva, fazendo madrugadas, vai ele testemunhando o Reino pelo qual vive e luta.

Tudo faz parte de sua missão profética.

Impressionante é o que presenciara numa destas viagens o sacristão que o acompanhava.

Era madrugada quando saíram.

E ao amanhecer o dia, em plena floresta, o Padre Siqueira, improvisando um altar, celebra a Santa Missa. Oferece o Santo Sacrifício pela redenção da humanidade pecadora.

Consagra e eleva as sagradas espécies, supondo ter como único participante o seu companheiro de viagem. No entanto, alguns marginais escondidos esperavam o momento oportuno para o assaltarem.

_ “Este Padre é o pedido de dinheiro”, pensavam eles.

Mas ... coisa estranha!

Por diversas vezes tentaram lançar-se para agarrá-lo, mas algo os detinha.

Finalmente, ao terminar a terminar a Missa, o Sacerdote volta-se e diz a aclamação “ide em paz ... que o Senhor vos acompanhe”.

A expressão do Padre Siqueira, sua piedade, seu fervor e sua convicção ao pronunciar estas palavras foram tais que comunicaram aos assaltantes a paz e a conversão. Prostrados por terra, comovidos, confessam seu pecado ao santo Sacerdote que os absolve e os confirma na fé cristã e na paz experimentada.

É o homem de Deus dispensando graças de salvação ao pecador arrependido!

É o profeta do Altíssimo, testemunha que é por sua vida.

Ele anuncia a fé e o amor através da celebração dos Santos Mistérios.

O seu modo de rezar, de celebrar, seu recolhimento, sua fé e respeito diante do sagrado, são bem um testemunho.

Levaram estes homens a crer firmemente na presença santíssima do Pai das graças e das misericórdias.

 

Fonte:

Padre Siqueira - Vocação e Compromisso de Profeta

Irmã Jacinta Medeiros Gurgel-cfa


segunda-feira, 10 de abril de 2023

Celebramos 142 anos de falecimento do Padre João Francisco de Siqueira Andrade


 Celebramos 142 anos de falecimento do Padre João Francisco de Siqueira Andrade

Fundador da Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo e da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo

    Padre Siqueira encarou este momento misterioso e decisivo da vida, em que só os empreendimentos realizados em Deus passam a ter dimensão eterna.

Ele mesmo havia escrito: “Em quatorze anos de sacerdócio, não tenho vivido senão para o bem da humanidade, e são estes os únicos títulos que apresento para recomendar-me” (Relatório de 1868 a 1877)

De fato, são estes os seus únicos, porém os mais nobres títulos que um homem pode apresentar no fim de sua vida. São títulos que engrandecem e eternizam uma existência.

O Padre Siqueira inicia o seu Testamento em nome da Santíssima Trindade. É diante de Deus que ele dispõe tudo o que se refere à Escola Doméstica por ele fundada.

Declara ainda: “se algumas privações e contrariedades sofri, as recebi sempre como benefício do céu”.

E continua ele: “concluindo este meu Testamento declaro que, como humilde filho da Igreja Católica, Apostólica, Romana, acreditei sempre em tudo quanto ela crê e ensina, tomei logo por minha divisa única a cruz de Nossa Senhora Jesus Cristo, e com ela espero morrer abraçado. ”

Desta forma, prepara-se o Padre Siqueira para o seu grande momento.

Abraçado à Cruz de Cristo, entrega ele sua bela alma a Deus a 10 de abril de 1881. Dez anos apenas de Fundação da Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo!

Como nos assegura a consoladora promessa de Jesus Cristo “quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11,25), a morte do Padre Siqueira torna definitivo o que até então era provisório: sua vida e sua obra.

 

Fonte:

Padre Siqueira - Vocação e Compromisso de Profeta

Irmã Jacinta Medeiros Gurgel-cfa

 

 


sábado, 21 de janeiro de 2023

152 anos de Fundação da Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo



 

 

Celebramos 152 anos de Fundação da Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo

Petrópolis/RJ

Para a vida do Padre Siqueira e para o futuro da obra educativa, por ele plasmada, o dia 22 de janeiro de 1871, é uma data central, que marca o aparecimento de uma instituição pioneira no país e duradoura no tempo. De fato, neste dia, algo de concreto e real ali estava tomando forma, como robusta criança que fazia seu aparecimento no mundo. (Livro Padre Siqueira – Uma resposta à Educação do Menor carente no Brasil. Frei Hugo D. Baggio, OFM)

Deus, em sua eterna e infinita sabedoria nunca deixa de velar sobre suas obras e de sustentar, nos momentos ainda “os mais críticos”, aqueles que com um coração sincero e humilde atendem às suas santas inspirações e com firmeza empreendem a obra do bem. (Padre Siqueira – 22 de fevereiro de 1873)

“Padre Siqueira foi instrumento do bem, um administrador da caridade dos benfeitores a quem atribui todos os merecimentos”. (Irmã Neli do Santo Deus)

“A Escola Doméstica Nossa Senhora do Amparo é obra de Deus, que de mim só há um pequeno trabalho, largamente remunerado por santíssimas alegrias; e as próprias contrariedades que tenho superado, as olho como presente do céu.

Dos generosos benfeitores da casa, quase só tenho sido humilíssimo instrumento; a eles cabe a glória brilhante da caridade; para eles são as grinaldas de pérolas, em que a Virgem transforma as lágrimas de miséria, que a orfandade verte a seus pés, ao entrar pela casa da oração, o hospício da caridade”. ( Padre Siqueira – 1º de setembro de 1875)


quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Escritos do Padre Siqueira - A CONGREGAÇÃO DE NOSSA SENHORA DO AMPARO - CAPÍTULO 1º


 A CONGREGAÇÃO DE NOSSA SENHORA DO AMPARO

CAPÍTULO  1º

 

‘’ARTIGO 1º E ÚNICOData desde o começo da humanidade, sempre que circunstâncias especiais têm reclamado reunirem-se parcialmente um número de pessoas para fins coletivos vir a, com maior força, fundar uma grande obra ao debelarem um mal eminente, como soldados que em linha de batalha avançam com força coletiva sobre os territórios de suas conquistas. Na Igreja de Deus também se tem congregado homens e mulheres, e sempre em seus tempos mais calamitosos para, como soldados da Milícia de Cristo, com a Cruz alçada, o estandarte da fé, continuarem a conquista do Gólgota seguida pelos Apóstolos cujos exemplos, depois dos mesmos Apóstolos, temos em São Francisco de Assis, São Vicente de Paula, Santo Inácio, São Francisco de Sales e São Luis e das Santa Clara, Santa Teresa de Jesus, Santa Joana de Chantal, Santa Catarina de Sena e outros muitos grandes santos e santas que seria difícil enumerá-los.

            A Congregação na Igreja de Deus foi uma necessidade de todos os tempos e sua origem é toda Divina. Foi o mesmo Jesus Cristo quem o disse: ‘’Onde houver duas ou mais pessoas em meu nome, eu estarei no meio deles.’’[1] A primeira Congregação que houve na Igreja foi a dos próprios Apóstolos que se configuraram a Jesus Cristo e foram confirmados e iluminados pelo Espírito Santo no Cenáculo e saíram com a força coletiva para pregar a verdade.

            A missão ou o ponto objetivo de todas essas congregações, tem sido, mais ou menos, a oração  o ensinamento.

            Jesus Cristo orou muito, pregou e ensinou muito e o primeiro preceito que impôs aos seus Apóstolos depois da oração foi o do amor.

            Os Apóstolos oraram, pregaram e ensinaram.

            De Jesus Cristo datam, portanto, as Congregações docentes, abrindo seguimentos para esses dois divinos preceitos. A Congregação docente    ainda prescreve um outro preceito também ordenado por Jesus Cristo quando disse: ‘’Deixai vir a mim os pequeninos porque deles é o Reino dos Céus.’’[2] Em que demonstrava o quanto amava a reunião e a união dos pequenos a Ele. Este preceito sublime do Evangelho e seu cumprimento não só é de vantagem imensa para Deus, para a Igreja e para a própria sociedade como de grandes consolações para a congregação docente: o afagar as criancinhas, salvá-las da perdição, formar seus inocentes corações no amor de Jesus Cristo e dirigi-las para o céu!  Haverá no mundo missão mais nobre?

            A Congregação docente não só está no espírito da Igreja como  é a continuação do verdadeiro apostolado. A França, a Espanha, a Itália, a Inglaterra e a Alemanha têm visto erguerem-se como fermento essas importantes congregações docentes sempre  inesperadamente por virem justamente nas ocasiões de lutas e perseguições contra a mesma Igreja. Nessas condições está o Brasil onde uma Congregação docente faz-se necessária e urgente. A perseguição contra a Igreja, os vexames civis das leis, a provação que a afligem bebendo todos os erros que se importam da Europa     sem encontrar Casas Colégios ou Asilos onde possam beber a boa doutrina, colher a verdade e receber o bem e outros muitos males espúrios a prevenir-se.         

            Entretanto, no meio de tudo isto são as vocações verdadeiramente extraordinárias que se manifestam, porém frágeis de Providência Divina, que formam um conjunto de circunstâncias as quais nos mostram a necessidade da Congregação docente.’’

Fevereiro/ 1876                                                                                Padre João Francisco de Siqueira Andrade

(Transcrito por Ir. Neli e Ir. Rossana (maio/2013), do original escrito pelo Padre Siqueira que se encontra nos arquivos da Sala Histórica da EDNA – PS-5 A.05.55



[1] (cf.Mt 18,20)

[2] (cf. Mt 19, 13-15)


segunda-feira, 2 de maio de 2022

Maio - Mês de Nossa Senhora

 


Mês de Nossa Senhora

“ O mês de Maio é um tempo de júbilo, de graça, de devotamento à Mãe de Deus.”


    A devoção de Mamãezinha a Nossa Senhora, também vem da experiência vivida com seu tio Padre João Francisco de Siqueira Andrade.

            Através de suas cartas, de modo especial dirigidas a suas Irmãs, sentimos o trasbordamento de sua vida interior do seu amor à Maria.

            Maria  é Mãe que  a acompanha em vida e na passagem para a eternidade. À Mãe Santíssima dirige suas ultimas palavras: "Minha Mãe, minha Mãe! E expirou (...) ( cf. Livro das Cartas, pág.173)

           Mamãezinha era muito delicada ao mencionar o nome da Virgem Maria. Em seu diário de 1925 e em algumas cartas, vimos sua presteza e amor a Maria, louvava a Virgem da Glória, pedia  a proteção e o Amparo como uma filha a sua mãe.

          Dirigia-se constantemente ao Pai, por intercessão da Virgem Maria. Sobretudo como Mãe solícita invocava as Bênçãos da Virgem Maria. Expressa-se com alegria e fervor ao comemorar o mês de Nossa Senhora, “Nossa excelsa Mãe”, assim dizia. Tudo dedicava para a glória de Deus e honra de Nossa Senhora. Com Maria, Mamãezinha, era a Mãe que Ampara e servia o Cristo pobre e necessitado, vendo o Corpo do Senhor em cada benfeitor, criança, em cada Irmã, amigos e conhecidos, especialmente nos mais pobres, a quem dedicava uma festa especial 29 de setembro.

             No livro de direção espiritual, percebemos que Mamãezinha invoca Maria como Nossa Senhora das Dores. Ela vê  Maria que sofrendo amparou Jesus desde o nascimento até a cruz. Assim nos ensina sua bela devoção a Nossa Senhora: “Para expiarmos os nossos pecados, devemos procurar que muitas almas sirvam com amor à Maria Santíssima. Tenhamos confiança que Deus só envia sofrimento a quem ama, a prova está em Nossa Mãe Santíssima que sofreu mais do que nós. Em nossas adversidades recorramos com fervor à oração e, particularmente, à Maria Santíssima”.


Padre Siqueira - Homem de Fé, firme como rocha

  Homem de fé, firme como a rocha            O Reino anunciado por Cristo é um Reino exigente. “Ou Deu ou as riquezas”. “Não se pode servir ...