O Padre João Francisco de Siqueira Andrade, nasceu em Jacareí, SP, no dia 16 de julho de 1837. seus pais: Miguel Nunes de Siqueira e Claudina Maria de Andrade. Foi aluno do Seminário Diocesano de São Paulo onde fez seus estudos, partindo depois para a Província de São Pedro, no Rio Grande do Sul, quando foi recebido pelo Bispo Dom Sebastião Dias Laranjeiras e ordenado sacerdote em 08 de dezembro de 1864.
No
tempo de seminário, já sentia a força do seu carisma: "Como
estudante, a minha grande preocupação era a educação da juventude
brasileira. decidi que depois de ordenado, fundaria uma Casa para
educar meninos pobres".
Estuda
seriamente a situação do Brasil e conclui que o bem-estar religioso
e social depende da boa educação que se oferece ao povo.
Serve,
como voluntário da Pátria, na Guerra do Paraguai e ao regressar,
buscando alívio para a tuberculose, vem a Petrópolis.
Diante
da orfandade, fruto da guerra, do sofrimento e da miséria a que
estavam expostas, principalmente as meninas, diante do desprezo pela
educação da mulher e dos primeiros anúncios sobre a emancipação
dos escravos, em 1866, trazendo outras urgências para a nação
quanto ao trabalho livre, Padre Siqueira vê nos acontecimentos o
apelo de Deus e a hora de iniciar sua Obra de educação.
Chega
mesmo a dizer: "A minha convicção de que era chegado o tempo e
de que a obra era de Deus, que nunca deixou de velar sobre este País,
era tão forte, que minha divisa única foi e é: "Ou a morte ou
o triunfo de uma empresa que considero divina". (Pe. Siqueira,
Apelo ao País, 1877)
Escreve
seu projeto de educação e o apresenta ao Imperador Dom Pedro II, em
15 de julho de 1868 e dois meses depois, ao dar aprovação, o
Monarca acrescenta que a ideia era boa e humanitária, porém
dificílima.
Inicia
suas grandes peregrinações pelas fazendas do interior do Rio de
Janeiro, Minas e São Paulo. Fraco, andando a cavalo, exposto ao sol
e à chuva, às tempestades, a crítica e violência, nunca cedeu ao
desânimo. "Caminharei de rua em rua, de casa em casa, até
percorrer a cidade toda... com ânimo, disposto a aceitar, em nome de
Deus, qualquer escola que me queira dar". ( Pe. Siqueira -
Jornal Mercantil, em 05/05/1875)
Padre
Siqueira tinha consciência da missão que recebera de Deus. "É
justo que tendo feito o voto mais firme de minha existência em prol
da infância desvalida e me consagrado ao bem da Igreja e da nossa
Pátria, use de toda a franqueza para com o público, confessando
diante de Deus, a quem nada se oculta, a sinceridade e a abnegação
com que trabalho, embora o último selo desta declaração seja uma
propriedade de futuro, juiz infalível e implacável do passado.
Longe de mim a presunção de alguma virtude extraordinária. Oh! Bem
sei que o meu espinhoso caminho está há muito traçado pela mão da
Providência, e que não é outro senão o da humildade e da
resignação. Na verdade, compreendo bem a responsabilidade que tenho
assumido. Porém é também certo que, há muito tempo, não vivo
mais para mim, e que todos os sacrifícios por que possa ainda passar
estão de antemão oferecidos a Deus no altar da caridade". (
Pe. Siqueira - Jornal Mercantil, em 05/05/1875)
Oração
Deus,
nosso Pai, segurança única e amparo de toda a humanidade, vós que
colocastes no coração do Padre Siqueira um grande amor aos pobres,
às famílias e à Igreja, olhai com bondade e misericórdia para
vossos filhos e filhas, em suas tribulações e necessidades.
Dai-me
um coração semelhante ao de Maria, dócil à vossa inspiração e
entregue à vossa vontade.
E
concedei-me, pela intercessão do Padre Siqueira, a graça de que
tanto necessito.
Assim
seja!
Pai
Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai....